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AMATRA IV abre o XXII Encontro Estadual dos Juízes do Trabalho

A AMATRA IV abriu na noite de quinta-feira (11) o XXII Encontro Estadual dos Juízes do Trabalho do Rio Grande do Sul.

A solenidade de abertura contou com a presença de inúmeras autoridades, entre elas, Gerardina González Marroquin, diretora regional adjunta da OIT para a América Latina e Caribe; desembargador Carlos Alberto Robinson, presidente do Tribunal Regional do Trabalho – RS; Omar Toledo Toribio, representando a Corte Superior de Lima e presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho do Peru; Renato Henry Sant’Anna, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – Anamatra; juíza Maria Madalena Telesca, vice-presidente da Associação Latino-Americana dos Juízes do Trabalho; e Juan Carlos Cortês Carcelén, presidente da Sociedade Peruana de Direito do Trabalho, que compuseram a mesa principal ao lado do presidente da entidade Marcos Fagundes Salomão.
“A AMATRA IV não tem fronteiras. Fazemos parte de uma associação que não conhece os limites geográficos. Essa tem sido a nossa vocação. O Encontro na cidade de Lima é mais um capítulo dessa história e já está marcado pelo ineditismo da parceria com a Organização Internacional do Trabalho. Agora, transpomos a Cordilheira dos Andes e nos juntamos aos colegas peruanos para mais uma jornada”, disse o presidente Marcos Fagundes Salomão em seu pronunciamento.
O dirigente lembrou a fundação da AMATRA IV em junho de 1965 por um grupo de juízes gaúchos e iniciativas de vanguarda como a criação da Anamatra em 1976, a realização do I Fórum Mundial de Juízes, sediado em Porto Alegre, o  XIX Encontro de Juízes do Trabalho em Montevidéu onde se vislumbrou a criação da Associação Latinoamericana de Juízes do Trabalho e, ainda, a produção da Cartilha do Trabalhador Latinoamericano, a partir do XX Encontro realizado na cidade de Buenos Aires, para a qual contou-se com apoio da Anamatra, Universidade La Matanza e OIT, num trabalho idealizado pelo colega Gustavo Vieira.
A representante da OIT, Gerardina González Marroquin, exaltou a parceria realizada nesta edição do evento e ratificou o interesse da OIT em promover as declarações dos direitos fundamentais do trabalho e a justiça social. A diretora regional adjunta da OIT acredita que o material científico produzido a partir deste encontro de magistrados poderá trazer importantes contribuições na condução de debates futuros. Ela fez referência, ainda, à parceria estabelecida com a Anamatra na produção da Cartilha do Direito Internacional do Trabalho que será lançada nos idiomas espanhol e francês, hoje (12) à tarde, com apresentação do colega Gustavo Vieira.
Para o presidente do TRT4, Carlos Alberto Robinson, a AMATRA vem buscando integrar a magistratura e a comunidade jurídica em seus Encontros Regionais, “propiciando proveitosa troca de experiências e conhecimento”.
“A conscientização sobre a necessidade de se preservar o trabalho decente, tornando-o acessível a todos os cidadãos, bem como defender o trabalhador da violação de seus direitos, culminou na criação da Justiça do Trabalho, há 70 anos. A Justiça Trabalhista brasileira surgiu com a finalidade precípua de assegurar aos empregados seus direitos, de realizar justiça na solução dos conflitos entre patrões e empregados e de promover a defesa dos trabalhadores”, assinalou.
Pela Anamatra, Renato Sant’Anna, falou da relação da entidade com a OIT que se tornaram muito próximas num curto espaço de tempo. Relação esta, que ele fez questão de salientar teve influência direta de seu antecessor Luciano Atahyde que iniciou os contatos. No seu discurso, ele disse ser necessário reconhecer os colegas que fazem parte da história da entidade como a juíza Andrea Nocchi, o ex-presidente da AMATRA IV e atual diretor de Assuntos Legislativos, Luiz Antonio Colussi, e seu vice Paulo Schmidt, que também presidiu a entidade regional. “São colegas muito atuantes na entidade e que são a história viva do associativismo”.
Entre as realizações da entidade nacional, ele salientou a importância do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania. “O programa Trabalho, Justiça e Cidadania, não é só o cartão de visitas da Anamatra, é o programa que faz a entidade ir além da luta corporativa. É o coração da Anamatra”, finalizou.

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