Candidato propõe eleições diretas para procurador-geral do RS
O tema eleições diretas para a escolha dos quadros de direção de tribunais e órgãos afins (bandeira de luta da AMATRA IV), também está na pauta da campanha de um dos candidatos ao pleito que definirá o novo comandante do Ministério Público no Rio Grande do Sul. Em entrevista ao jornal Zero Hora, Antonio Carlos de Avelar Bastos, refere que, se eleito, entre suas metas está a de colocar em prática uma ação efetiva para alterar o sistema de escolha do procurador-geral de Justiça do Estado.
Confira a seguir a entrevista de Bastos, que também é acompanhado na disputa eleitoral (com votação prevista para 18/05) pelo atual chefe do MP/RS, Eduardo de Lima Veiga, e pelo promotor Fabiano Dallazen.
“É hora de termos eleições diretas”Com quase três décadas de MP, Antonio Carlos de Avelar Bastos, 62 anos, é o mais antigo dos candidatos. Passou por diferentes promotorias de Justiça no Interior, em municípios como Cerro Largo, São Borja e Bento Gonçalves, e foi vice-presidente de núcleos da Associação do MP. Atualmente, é procurador de Fundações.
ZH – Qual é a sua principal proposta?
Bastos – Pretendo colocar em prática uma ação efetiva para alterar o sistema de escolha do procurador-geral de Justiça. O atual sistema é legítimo, quero deixar isso claro, mas está na hora de mudar e de superá-lo para que tenhamos eleições diretas pela categoria.
ZH – Qual é a sua opinião sobre o projeto protocolado na Assembleia pelo atual procurador-geral, que amplia os benefícios dos membros do MP?
Bastos – Trata-se de um pleito antigo e necessário, que o atual procurador-geral teve a coragem de encaminhar à Assembleia. Não vejo o projeto como eleitoreiro por ter sido protocolado no fim do mandato. Tudo tem seu tempo de maturação. Além disso, sou a favor da ampliação dos benefícios e, inclusive, da reconsideração dos adicionais por tempo de serviço.
ZH – Independentemente do resultado, o senhor acha que o governador tem de escolher o candidato mais votado?
Bastos – No atual sistema, não podemos cogitar isso. O governador tem o direito de escolher o nome que considerar mais adequado da lista tríplice.
Fonte: Zero Hora (13 de maio de 2013)