Adil Todeschini (1980/1981)
(Depoimento concedido por ocasião dos 40 anos da entidade, em 2005)
“A LUTA CONTINUA A MESMA…
Presidi nossa Associação em 1980/81. Naquela época a Entidade tinha pouco mais de 100 associados. A Presidência cumulava com a atividade normal do cargo. Sua receita era pequena. Enfrentávamos baixos vencimentos. Não tínhamos a quem recorrer, pois não havia “chefe” com poder de iniciativa para qualquer projeto, a não ser o próprio Executivo Federal que não tinha a mínima boa vontade com a magistratura. O regime ainda era de repressão. Foi neste contexto que se decidiu pela primeira greve dos Juízes do Trabalho no Estado. Com esta “forte” bandeira, viajei a Brasília, acompanhado do presidente da Anamatra na época, hoje o ministro aposentado Ronaldo Lopes Leal. Lá visitamos vários órgãos do Governo Federal, bem como a Presidência e Corregedoria do TST, levando nosso pleito, sob estado de greve. Após essas gestões, constatamos que a greve, se deflagrada, levaria a medidas punitivas sérias, especialmente em relação a alguns colegas sem vitaliciedade. As circunstâncias nos obrigaram a decidir pela suspensão da anunciada paralisação. A medida não agradou a uma parte dos colegas, gerando uma crise importante. Para o bem da Entidade, renunciei em favor do Vice-Presidente, o saudoso juiz Alcione Niderauer Correa. Hoje, ainda que não alcançada a dignidade salarial, temos um interlocutor, o STF…”.